Não sei exatamente o que é verdade e o que é ficção no comportamento dos personagens do excelente A Rede Social (The Social Network, 2010), drama semi-biográfico sobre os criadores do gigantesco e popular Facebook. Em uma avaliação mais precisa, todos tentarão compreender as atitudes dignas de um babaca do jovem Mark Zuckerberg. Apesar do sucesso profissional, o personagem interpretado por Jesse Eisenberg parece pouco se importar com as pessoas que foram realmente importantes para sua vida. Inteligente, cínico e com um faro interessante para o mundo dos negócios-ponto-com, Zuckerberg, em uma determinada altura da trama, compreende a burrada que fez ao abandonar aquele que mais o ajudou na corrida do ouro (alguns preferem apoiar essa escolha). Muito se falou sobre a relação do filme com Cidadão Kane. Assim como o clássico dos anos 40, aqui também temos alguém que chegou no ápice da carreira ao custo de "trairagens" e mágoas contra aqueles que ele supostamente tinha muito apreço. A cena final exemplifica a ironia do personagem: mesmo tendo criado um site que promove encontros e amizades entre pessoas de diferentes lugares e gostos, Mark nem ao menos consegue se relacionar com alguém:
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